Meu nome é Gustavo Lopes Ferreira, minha turma é 2º B do Colégio Magister e a partir desse filme passo a ser chamado como o livro Capão-Pecado pra mostra que o pobre também tem direito a um lugar na sociedade.
Aí mano, a obra “Capão Pecado” é um exemplo de literatura marginal, cê ta ligado? A literatura que foi tirada da sociedade, mano. Meu chapa, o Ferréz, quando foi lança o livro lá nas livraria ele foi recebido com quatro pedra na mão, mano, cê ta ligado? Os truta lá, chamo ele de louco, marginal, mano, mas eu acho que tudo isso aí é conversa mano, tá ligado? Os cara ficaram tudo se borrando de medo, porque o livro vai apavora nas livrarias mano, cê num tem noção.
O Capão é uma região muito sofrida mano, cê num tem noção. Lá tem muito cara que tomo rumo errado na vida, mas também tem muito truta do bem, tá ligado? Vira e mexe, quando eu e os meus amigos vamo pro sarau que tem lá na comunidade, a gente sempre tromba com algum maluco que quando vê as nossas roupas da 1dasul, acha que a gente vai assalta eles.
O livro do meu parceiro foi muito discriminado mano, morou? As páginas românticas do Capão Pecado surge como válvula de escape pra tanta hipocrisia e falso moralismo de alguns burguesinhos metidos a escritor.
Outro dia eu tava lendo uma parada lá que um tal Alexandre Gomes, mestrando lá daquela faculdade famosinha, escreveu sobre o livro do meu chapa (É mano, quem é do Capão também sabe le). O maluco falou que aqui na comunidade num tem como te amizade. Esse cara devia ta bem loco quando escreveu isso. Nós aqui somo muito unido, muito solidário uns com os outro, mano, tá ligado? Sempre tem um ou outro laranja podre que fica levando os nossos menino pro tráfico, mas a comunidade é muito companheira. Outra parada que dexo nós da comunidade pê da vida foi o fato de que o livro incomoda os burguesinho, por causa que fala de violência, traição, e pá. Isso é um monte de mentira, essas coisas existe em tudo quanto é lugar, outro dia eu tava vendo que um maluco que tinha tudo do bom e do melhor fico se metendo em confusão com drogas e violências lá no Morumbi.
To querenu dizer com isso tudo, que o livro Capão Pecado tem que se eternizado porque é um tapa na cara de muito burguês que mete o pau no Capão. Ó, num vem com essa de que a história só teria esse desfecho porque num foi o espaço que determino o que cada um ia faze.
Outro motivo pro livro se eternizado é que ele cria uma nova divisão da literatura, a literatura marginal, a literatura de quem é excluído da sociedade. Dessa forma, pudia te um embate de igual pra igual com a literatura burguesa. Devia te só dois tipos de literatura: a marginal e a burguesa, mano tá ligado?
Concluindo, o livro é importante pra sociedade porque serve pras pessoa presta mais atenção em nóis da comunidade, que num tem só bandido no Capão, e pra mostra que nóis tamo progredindo, morou? Com o tempo, o Capão vai se torna um bairro tão sussa quanto qualquer outro, e nós aqui da comunidade, vamo te o orgulho de dize que foi o nosso mano Ferréz que começou com isso tudo.
Saudações,
Nenhum comentário:
Postar um comentário